quinta-feira, 21 de junho de 2012

Bote um calçado menino, vai pegar um resfriado - dizia a mãe.


Mal almoçou, fez a barba - Tomou banho, pegou sua maleta e foi pro vento de cabelo molhado.  E lá pelas cinco horas da madrugada estava ele se revirando na cama, acordando sua esposa e tossindo até a pele de seu rosto ficar roxo igual a camisola de sua filha mais velha.E lá ia sua esposa sem seus óculos perambulando pela cozinha procurando algum xarope.
Seu filho pequenino foi até seu quarto e lá disse
- Papai, o senhor está doente?
- Mas você vire essa boca para lá guri, que barbaridade. Vá se deitar. Estou mais do que ótimo, é apenas uma tosse seca guri. 
Sua boa esposa lhe da um xarope, e sua tosse se vai junto com o sono de sua mulher, que ficou acordada até a hora de seus filhos irem para a escola.
 E logo depois do almoço novamente estava o homem, de barba feita, maleta nas mãos, cabelo molhado e indo ao seu trabalho. 
E pela noite vinha ele tossindo e revirando a cama, acordando seus filhos e sua esposa com sua tosse seca.
Não há o que reclamar, sua mãe antes de falecer sempre lhe ensinou que “Cabelo molhado no vento é igual a resfriado no dia seguinte”. Mas quem é o bendito que lembra das frases da sua mãe quando tem uma família para sustentar? Se encontrar alguém, por favor - trás até a mim. Preciso de um moço deste.