quarta-feira, 27 de junho de 2012

Nessa madrugada você não saiu da minha cabeça e nem nas outras.

Nesta madrugada eu abri o livro que estou lendo no momento e li algumas coisas, e logo fechei. Abri um caderno de desenho, rabisquei algumas coisinhas - e logo que terminei, fechei e o guardei. Entrei nas redes sociais, compartilhei algumas coisas com meus amigos e logo fechei as páginas abertas no computador. Nessa madrugada abri minha mente porém não esvaziei, deixei-te o tempo inteiro dentro dela - quando poderei fecha-la e tirar você de minha mente moleque persistente? Queres mais o que? - Já tens espaço dentro de meu coração, rouba minhas falas, me tira do sério e agora não sai da minha cachola - digo, minha cabeça.

-"Quer saber, vá embora" - "É isso que queres?" -"Não"

Quer saber, vá embora. É isso que quer né? Então vá, vá para longe, vá com suas amigas, vá com quem quiser, pegue o próximo ônibus que passar, ou chame ou táxi, quer ir de avião? Vá de avião. Quer bicicleta? Tem aquela velha do vizinho, pode pegar emprestado,ele nem se quer usa. Quer ir apé? Vai chegar atrasado, mas vá - pelo menos terá partido não é? Pois então, você quer ir embora - vá, não importa de que maneira, apenas vá e me abandone. Se eu to me importando? É segredo, mas estou - e quando disse “vá” bem alto, sussurrei para mim “Vá pegar aquele cobertor do quarto e venha para sala se enrolar em mim

Apenas por livre espontânea vontade.

Moço, não baterei na porta de sua casa dizendo coisas do tipo “Devolve meu coração” - mas você poderia me devolver né? Por livre espontânea vontade - me devolve ele? Ou talvez; assim pensei - foi um pensamento bem bobinho, mas bem que você […] bom,você assim por livre espontânea vontade poderia me esperar no altar, me ver entrar e sorrir, pegar na minha mão e me levar diante o padre - dizer todas aquelas coisas - prometer a mim diante do padre e a todos nossos amigos e familiares que estarão dentro daquela igreja “Prometo amar,e respeitar na saúde,na doença;na riqueza e na pobreza até que a morte os separe” Me beijar e me levar para a lua de mel, que tal? Assim - só pensei sabe, por livre espontânea vontade.

Já que não te merece, o esquece.

Garanto que você demorou para esquecer ele e quando estava quase conseguindo esquece-lo,ele simplesmente apareceu na sua frente enquanto você estava atravessando a rua e assim todo o sentimento se acendeu, suas pernas tremeram, suas mãos soaram e seu estomago - aliás, que estomago? Aquilo é um ninho de borboletas. Seus olhos brilharam, seu sorriso surgiu e ao mesmo tempo que você pensava “Droga,eu estava conseguindo esquece-lo” você também pensou “Ele está tão lindo,ele é tão lindo”. Mas bota fé moça, um dia irá esquece-lo, já que sabes que ele não te merece.

Sem distancia, eu e você aqui.

Na real? Seu abraço seria mais que perfeito agora, seus braços me protegendo - seu calor se envolvendo com o meu, seu sorriso maravilhoso diante de mim, seus olhos colados nos meus, seus lábios quentes próximos dos meus. E enfim, você por inteiro próximo de mim, me fazendo sentir a mulher mais feliz da terra. Oh moço, você não sabe o quanto te desejo, e não só desejo, o quanto gosto, e não só gosto, como amo. 
Acabe moço, acabe com essa distancia. Seja um heroi de verdade, veste sua armadura e lute com a distancia. Pegue uma busão, um balão ou talvez um avião - mas vem, vem bem rapidão antes que o chocolate quente fique frio demais, venha antes que eu pegue no sono. 
Sabe, na real -  nós deitados no sofá da sala, um programa idiota passando na televisão e nós assistindo - apenas rindo com tanta tolice e eu como sempre comento “Que tipo de pessoa assistira esse programa em plena consciência na madrugada?” e você da seu risinho perfeito mostrando seus dentes e diz “Nós” e assim gargalhadas no meio da madrugada iriam nos fazer feliz

O vento que não te trás ou és tu que não queres voltar?


O vento quando está forte para cá
te leva de mim.
Mas quando está forte para lá,
não te trás de volta.
Devo culpar o vento que leva e não trás,
ou devo culpar eu, que não segurei sua mão.
Ou será que simplesmente você não quer voltar?

sábado, 23 de junho de 2012

Balde de tua falsidade? Bota um poço logo.

As tuas mais belas palavras foram as que me fizeram me encantar por ti;
uma pena moço; menino; garoto, guri; moleque… 
tudo isto; menos um homem.
Suas palavras eram realmente “muy bellas” porém, existia um balde de falsidade acompanhando-as.
Costumo dizer uma colher de falsidade;
mas tua falsidade era maior do que o normal;
era até mais do que um balde;
talvez um rio de falsidade;
um mar; - não, um mar já é exagero de minha parte.
Mas quem sabe, um poço - um poço bem fundo feito só da falsidade, da sua falsidade.

Faltou tinta, o giz se quebrou, o lápis sumiu, a caneta falhou - não me desespero, ainda tenho você.

Posso pegar um lápis de cor e rabiscar alguns livros de quando eu era mais nova
e colorir um pouquinho essa minha vida que por sinal é meio preta e branca;
posso usar giz,
posso colorir com caneta
ou tinta
mas nenhum desses materiais escolares
coloriria minha vida
o quanto você colore.

Palavras? Mais parecem um tiro de uma metralhadora.

Suas palavras ditas sem pensar
são como uma pedra me atingindo.
Mas não atinge minha cabeça, e faz apenas um corte e assim sangrar até ser necessário eu me hospitalizar.
Atinge meu coração e o desmonta. 
E nenhum médico pode me ajudar;
Um sorriso talvez;
um olhar quem sabe;
qualquer pequeno detalhe pode me salvar dessa perda enorme de meu coração;
mas será - será que não irá ter mais palavras sendo atingida em cheio
á mim?

E se eu disser, que a canção vale muito mais que meu coração?

Teus olhos são um poço de perfeição
    eles quase cantam uma canção por inteira.
Mas alguns versos falham,  eles não são tão sinceros
   quantos os meus olhos obscuros são. 
Os seus, mostram uma paixão;
a paixão que é inexistente em seu coração.
 Os meus já mostram um ódio
        o poço de ódio que não só domina meu coração
  como domina todas minhas canções. 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Tenho cara de vilã, mas quem te garante que não sou a mocinha?

Se não estou lhe incomodando, porque queres tanto que eu saia de cá para lá?
Ou de lá para cá, o importante é me afastar de ti. 
Que diabos tem na cabeça de querer me afastar de ti.
Se sou a pessoa que te quer mais bem.
Cuidado com quem andas moço.
Pessoas más não são só aqueles que da para avistar da varanda de sua casa.
Pessoas más também sabem se fingir de boazinhas.
E eu que aparento para você uma bruxa que quer apenas teu mal, na verdade quero o seu bem, e se possível te quero bem e coladinho a mim.

A lua vovô, é um queijo redondo e gostoso.


“O que era aquela bola branca linda e iluminada que eu vi da varanda que fica na casa de meu avô? - Segundo ele, ela é chamada de lua, porém parece uma bolinha de queijo. E eu me recuso a aceitar que essa bolinha de queijo está tão distante de mim. Necessito me alimentar.
- ó queijinho porque você só aparece quando anoitece? Necessito também me alimentar pelo dia. - Sussurrava eu com o pescoço inclinado olhando para cima.
E lá vinha meu avô mancando com sua perna machucada e como sempre resmungando 
- Oxê menino, isto é a lua e não um queijo, deixe de tolice.
- Vovô, deixe de tolice você. Me dizia desde de novo que mamãe e papai eram as estrelinhas lá no céu e agora quer fazer com que eu acredite que aquela bola redonda e deliciosa é uma lua?”

Por um homem? Nem um absorvente usado.

E então percebi que aquela velha moça não percebe o quanto está sendo tola sentada naquela mesa fumando um maço de cigarro com uma garrafa de tequila fazendo caras e bocas bebendo. Não está sendo ridícula por estar fazendo caras e bocas, até então suas caras e bocas são mega fofas. 
Mas está sendo ridícula por estar acabando com sua vida. 
 Não sou assim,toda correta em questão a bebidas e cigarros, mas você sabe exatamente o por quê dela estar se drogando até a morte? 
Então, ontem o homem que ela ama deu um pé na bunda dela. 
E cai entre nós, se for para beber e fumar que seja por um motivo mais interessante - para festejar ou esquecer alguns problemas. 
Ela deveria repensar seus motivos e beber para se alegrar - Será que ela já parou para pensar que existem pessoas que não tem alguém para dar um pé na bunda delas? É, exatamente… pessoas assim como eu.

Jasmim azul.

Não é tulipa,
Não é rosa,
Não é margarida,
Não é copo de leite, 
Não é brinco de princesa,
Não é orquídea, 
não é lírio,
- novamente repito, não é tulipa
e nem uma jasmim qualquer.
É a jasmim azul.

Enfeite? Ta bom demais.

— Você é tão inútil dona Beatriz, só serve para enfeite.
— Ainda bem que sirvo para alguma coisa - pessoas inúteis ultimamente não andam nem servindo para enfeite.

Percebo cada detalhe, principalmente cada detalhe seu.

Existem erros que você anda cometendo, porém não percebe. Mas eu que percebo cada detalhe de seu rosto, de sua voz, de seus olhos e principalmente cada detalhe de seus atos, percebi alguns erros em você e que apesar de te achar perfeito para mim - seus erros podem acabar com “nós”. Eu que pareço tão bobinha em acreditar em tudo que você fala, nem sempre acredito - percebo cada detalhe da maneira que você fala para eu acreditar, e lá vai eu fingir que acredito para depois deitar na cama, olhar pro teto e pensar em tudo, em cada coisinha e ficar na dúvida se é verdade ou não. E eu que pareço tão distraída com a vida, tão idiotinha e monga, percebo cada detalhe, cada gesto seu - só para depois antes de dormir lembrar de tudo e pensar “Será?” “E se […]”. Não se engane comigo meu jovem, pareço tão ingenua, mas sou capaz de pensar tantas coisas - pareço tão distraída mas a qualquer momento posso prever um movimento seu.

A vida é um upa.

Morre gente todo o dia,
Morre-se praticamente de tudo.
De doença, de parto, de tosse.
E ainda morre de amor,
como se amar morte fosse.
Para morrer, basta um susto,
e lá se ia mais um defunto.
E sempre alguém vem com alguma frase
que deixasse a morte mais ou menos.
“Descansou, - virou aquela estrelinha. Deus o tenha”.
Existem coisas que tem que morrer,
e coisas que tem que matar.
Ninguém vive para sempre
afinal, a vida é um upa.
Não deu muito certo ir mais além
mas ninguém tem culpa.

Bote um calçado menino, vai pegar um resfriado - dizia a mãe.


Mal almoçou, fez a barba - Tomou banho, pegou sua maleta e foi pro vento de cabelo molhado.  E lá pelas cinco horas da madrugada estava ele se revirando na cama, acordando sua esposa e tossindo até a pele de seu rosto ficar roxo igual a camisola de sua filha mais velha.E lá ia sua esposa sem seus óculos perambulando pela cozinha procurando algum xarope.
Seu filho pequenino foi até seu quarto e lá disse
- Papai, o senhor está doente?
- Mas você vire essa boca para lá guri, que barbaridade. Vá se deitar. Estou mais do que ótimo, é apenas uma tosse seca guri. 
Sua boa esposa lhe da um xarope, e sua tosse se vai junto com o sono de sua mulher, que ficou acordada até a hora de seus filhos irem para a escola.
 E logo depois do almoço novamente estava o homem, de barba feita, maleta nas mãos, cabelo molhado e indo ao seu trabalho. 
E pela noite vinha ele tossindo e revirando a cama, acordando seus filhos e sua esposa com sua tosse seca.
Não há o que reclamar, sua mãe antes de falecer sempre lhe ensinou que “Cabelo molhado no vento é igual a resfriado no dia seguinte”. Mas quem é o bendito que lembra das frases da sua mãe quando tem uma família para sustentar? Se encontrar alguém, por favor - trás até a mim. Preciso de um moço deste.

Propaganda humana.

Em minha calça havia grudado um nome
e não era o meu, e nem de algum familiar.
Era apenas um nome de alguma loja da cidade, um nome bem estranho.
E em meu blusão uma garrafa de cerveja 
pela qual jamais pus na boca. 
Em meu boné a marca de um cigarro,
que não fumo essa marca e marca nenhuma. 
O que eu quis dizer, é que eu nunca experimentei cigarro algum. 
Na camiseta que eu usei ontem para ir a escola, dizia sobre um produto pelo qual nunca tive.
Isso faz de mim um menino etiqueta? Ou uma propaganda humana?
Sendo o que for. 
Etiqueta invalida, propaganda enganosa.

Balão com medo de altura.

Numa noite tão escura, que é algo meio obvio - as noites costumam ser escuras. Havia um balão a voar no alto do céu, subia insatisfeito,apavorado - demonstrando muito medo. O balão querendo vir pro chão, torcendo para cair, pedindo para descer, rezando para pousar. Mas o porquê? O tal balão tinha medo de altura e pavor de escuridão.

Lua do céu, lua do mar.

Maria na varanda do segundo andar de sua casa observava a paisagem
Viu uma lua no céu, e outra lua no mar.
Queria subir ao céu, e descer ao mar. 
Na varanda soltava sua voz.
Estava perto céu e tão longe do mar.
Queria as duas luas, a do céu e a dor mar.
Queria asas para voar, e logo mergulhar sobre o belo azul do mar.
Sua asa levou ela ao céu e assim pegar um pedacinho da lua do céu
sua alma mergulhou sobre o mar e assim fez a encostar na lua do mar.

As horas passam,não em vão.

As coisas vão,
as coisas vêm.
— Vão e vêm.
As pessoas se vão,
as pessoas vêm,
vão e vêm — em vão.
As horas vão,
as horas vêm
as horas vão e vêm
as horas vêm e vão — porém não em vão.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Viu amor, eu te amava desde pequenininha!

Pego um velho caderno que estava em minha estante, a poeira tampava a capa dos ursinhos carinhosos e nas folhas havia alguns furinhos "básicos" que os ratos andaram fazendo. Abro em tal folha e começo a ler. Era um diário de uma menina, a letra meia torta porém perfeita, uma caneta colorida de gel, porém não havia mais o brilho. Lá dizia o quanto ela gostava de um garoto, mas não pela aparência e sim pelo jeitinho dele. Ele era clarinho com o cabelo escuro, olhos da cor castanho ''mais ou menos" dizia ela, ele era baixinho,assim como ela. Segundo ela, o sorriso torto dele era tão perfeito, seu jeitinho de falar e se expressar era magnifico. Sua voz baixinha em publico era fofa e sua voz de pertinho era mais do que perfeita. Fui me interessando pela maneira que a jovem menina de 10 anos se expressava em um caderno e então repassei a folha e vi tudo que ela escrevia sobre ele, ela tão jovem não dizia que o amava pois não tinha certeza, sabia que o sentimento era enorme e intenso mas não a ponto de ser amor, e isso me fez perceber que antigamente era tudo melhor - agora as pessoas mal sabem quando amam ou não,simplesmente chegam e dizem "eu te amo" como se fosse um "bom dia". Peguei uma caneta que estava em um porta canetas no lado e rabisquei umas coisinhas na  primeira folha em branco que encontrei após ela ter parado de escrever e lá escrevi com uma letra torta e perfeita 
"As coisas não mudaram muito, ele continua com um sorriso torto e perfeito e minha letra também. Continuo sendo essa menina madura o suficiente a ponto de saber quando é amor e quando é uma paixãozinha forte. E a pele branca ainda cai perfeitamente com seu cabelo escuro, seus  olhos ficaram um pouco mais escuro mas continuam aquele castanho mais ou menos. E sua voz [...] bom sua voz continua aquela baixinha em publico, mas de perto é a segunda coisa mais confortável nele, primeiro é o seu abraço que além de confortável,é como se fosse uma proteção."
Dou um risinho bobo ao perceber que aquela menininha de antigamente ainda está dentro de mim. Muitas coisas mudaram, minha maneira de vestir, de pensar em relação a certas coisas, e uma das coisas que mudou foi de "duvida" para "certeza".Antigamente eu ainda tinha duvida se eu o amava ou não, hoje eu tenho certeza. Nada melhor do que dar uma gostosa gargalhada lendo um diário meu antigo e pensar "Parece que foi ontem" e logo mostrar para meu marido e dizer
- Viu amor, eu te amava desde pequenininha!

Amar é tão... tão. Que é impossível descreve-lo.


A pouco tempo me disseram "quem ama de verdade nunca desiste do que quer", sabe li diversas vezes essa frase, e no começo fazia sentido. Quando amamos de verdade não importa se a pessoa nos ignora - nós simplesmente corremos atrás, nós as desculpamos, mesmo sabendo que novamente ela vai cometer erros assim. E não importa o que a pessoa faça e fale, a gente simplesmente continua a amando e correndo atrás, sem desistir. Mas de tantas vezes que li essa frase, eu acabei percebendo que não, nem sempre quem ama de verdade não desiste. Se no caso quem ama de verdade nunca desiste - aquele que desistiu,não amou de verdade,certo?  Errado!  Muitos que desistem,sim - amaram de verdade. Foram maduros o suficiente em perceber que por maior que fosse seu amor pela pessoa, não valeria apena correr atrás por tanto tempo, até finalmente ser correspondido e no final acabar sendo correspondido pela metade.
Amar de verdade é sim correr atrás da pessoa e não desistir, mas também é deixar a pessoa ser feliz com outro alguém, sem a impedir de nada. É apenas assisti a pessoa ser feliz, tocar a vida para frente e ficar ali chorando pelos cômodos da casa. É ver a pessoa se afastar e se desabar sabendo que não pode fazer nada além de vê-la ir embora. E foi relendo diversas vezes a frase "quem ama de verdade nunca desiste do que quer", que percebi que amar de verdade é querer ver a pessoa feliz - sendo com quem for.