Para que se dar o trabalho de ir,se sempre volto?

Ela voltou,ela sempre volta,não sei o porque se dar o trabalho de ir,de "partir".Ela deve ir para lá para buscar algum motivo para ficar lá,mas sempre volta de mãos vazias. Ela chegou de madrugada, e estava frio, mas foi ficando quente. Ela sequer trocou de roupa, se jogou na cama assim como se foi,simplesmente cansada.Sinto que ela não está aguentando mais,seus olhos estão sempre cheios de lágrimas,seu coração sempre cheio de alfinetes,e seu rosto demonstra uma senhora tão cansada,tão desgastada,quando na verdade,ela não passa de uma jovem sofrendo com um passado.O pior é que esse passado não a prende ali,mesmo ela tendo a oportunidade de ir para o futuro ou quem sabe viver o presente,ela sempre volta.Volta para o passado,de mãos vazias.E ela se alimenta desse passado como quem devora uma panela de brigadeiro. E muitas vezes cria expectativas em tornar seu passado o seu futuro,o seu presente.Mas sempre se decepciona.Ela vai,da uma olhada no seu futuro,no seu presente,não gosta de nada,não se agrada.E volta,volta pro passado,deitando em sua cama e dizendo baixinho - Voltei de novo,o presente não tem as pessoas do passado.

Não me deixe sozinha lutando contra esses monstros da escuridão.

Ele poderia ter me dito muitas coisas para me consolar. Mas ele não fez isso pois sabia que nada ali adiantaria,que eu tinha mesmo era que chorar,chorar tudo para depois sorrir. Eu não consegui,eu apenas chorei,chorei e chorei até mesmo quando nem tinha mais lágrimas.Eu quase nunca sorri,sempre parava e me lembrava do passado e do que me fez chorar ontem, e então chorei novamente,não pelo passado,é também pelo passado,mas chorei por ter chorado por um passado.Eu só conseguia doer,até mesmo parecia que eu gostava de sofrer.De chorar,de me maltratar.Mas não era isto,não que eu quisesse ficar vivendo de um passado,que eu ficasse me iludindo e me matando,eu apenas queria levar pessoas desse passado para o futuro [...] mas essas pessoas já morreram,não literalmente.Morreram na minha vida, mas não em meus pensamentos,e nem em meu coração.Elas cometeram suicido, novamente não literalmente.Mas fizeram questão de sair de minha vida,de ir embora.De se matarem.E tudo que eu conseguia pensar era que eu não poderia continuar assim lutando sozinha.Por favor alguém me salve.Não quero ficar sozinha,mas se for para me salvar e logo me matar,me deixe vagar sozinha mesmo. Lutando contra minha esperança de ser feliz. Lutando contra meus sonhos.Lutando contra o passado que ainda se alimenta de meu coração. 

Me sinto um passarinho com a gaiola aberta podendo sair a hora que quiser,mas prefere ficar ali dentro.Como se estivesse realmente preso.

Eu queria poder ter uma maquina do tempo,e voltar para aquele tempo em que estava tudo bem entre nós,ou melhor […] Voltar naquele tempo que ainda existia nós,se é que algum dia existiu.Eu no fundo sabia que esse “amor” não duraria tanto.Mas eu queria mesmo era provar para mim e para minha alma,que eu estava errada,que esse nosso amor duraria sim por muito tempo.E que nunca acabaria.Por um tempo chamado,para sempre.Mas por uma unica vez que eu gostaria de estar errada,eu estive certa.Que foi assim,durou pouco esse amor,se for possível chamar de amor o que você sentia por mim.Então,durou pouco esse encanto,entre nós.Acabou,tão rápido.Para você tudo se tornou insignificante,para mim foi marcante,marcando tudo que ainda estava por inteiro em mim,incluindo meu coração.Fecho os olhos e vejo os nossos momentos bons,eu deveria sorrir por ter momentos bons contigo,mas eu choro por não poder viver mais momentos assim com você.Eu penso em ir até você,te dizer tudo,todos os meus sentimentos,mas não há saída,você já não é mais meu menininho,já não tenho mais autoridade para te chamar daquele apelido que eu te dei.Acabou,e meu coração não aceita isso.Minha mente pira,minha mão transpira e meus olhos cheio de lágrimas ficam.Estou presa nessa dor,que deveria ter um ponto final agora,mas eu só sei botar uma reticências ou melhor,o famoso “três pontinhos”,mas eu não quero botar reticências nessa dor,e sim na nossa história,no nosso “amor”.