sábado, 22 de setembro de 2012

Psicopata inocente.


Sou má, sou cruel.
Tenho pensamentos apavorantes, falo absurdos.
Desejo inocentemente que algumas pessoas morram.
Sou uma psicopata inocente; mato gente apenas pela mente.
Mas mesmo assim, não deixo de ser psicopata.
[*] Uma garota da escola que eu sempre odiei, sempre me provocou, era típico vadia e exibida. Uma vez ela passou por mim de sainha rosa e curta, com mine top e os peitos saltados para fora, passou de nariz empinado e “esbarrou acidentalmente” em mim. Meus pensamentos foram os seguintes: Morre vadia, die bitch.
[*] Meu irmão mais novo sempre me provocou, uma vez á três anos admitíamos amar um ao outro. Ele com nove anos já tinha total liberdade do que eu tive com doze, sempre reclamei. Meu irmão mais velho reclamou que eu tive liberdade com doze o que ele teve com quinze, mas enfim. Meu irmão mais novo me incomodou uma certa vez, fez manha, fez drama e meus pais brigaram comigo e as palavras saíram de minha boca naturalmente: “Eu lhe odeio, quero que morra lentamente!”. Lembro que meus pais até brigaram comigo e disseram que meu irmão seria meu único familiar caso eles morressem, eu ri.

[*] Um ex-namorado meu, terminou comigo. Ele era típico garoto perfeito, eu o amei, eu o amava, eu o amo ainda, talvez. Ele era o garoto que sempre quis, porém ele de certo modo foi me provocando, e eu não suportei e pensei “Que se foda, só desejo a morte”.

[*] Uma amiguinha de um ex-namorado meu. Aí bebezinho, ai tchutchuco, blé. Várias vezes em um namoro meu, vi garotinhas chamando-o de apelidos carinhosos e pedindo-o em casamento; minha vontade de sacudi-las era mais que enorme. Meu desejo foi “Bitchs, morram!”.

Essa semana fui ao enterro de meu irmão, ele estava indo para o banco e reagiu ao  um assalto, faleceu. Será mesmo que foi o assaltante que o matou, ou eu que tanto desejei a morte dele?
Semana passada foi uma garota da escola que sempre a odiei, ela estava indo para a faculdade e seu ex-namorado a matou. Será que foi o ex-namorado paranoico que a matou, ou eu que fui estupida ao desejar a morte dela?
Meu ex-namorado entrou em uma pesada depressão e se matou, não pude ir em seu enterro pois ele foi enterrado em outro estado. Mas meus pensamentos foram: Será que foi ele quem se matou ou foi meu desejo rápido que o matou?
[*] Certamente meus pensamentos estão me atormentando; o banho de culpa está me dominando. Será que os matei inocentemente?
[*] E só para esclarecer, ainda não fiquei sabendo de nenhuma amiguinha de meu ex-namorado que tenha falecido; mas caso seja uma... cuidado ao atravessar a rua baby!

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

— Queria mata-lo, queria mesmo mata-lo; mata-lo de amor.

Seu perfume me enjoava, aqueles olhos claros me faziam lembrar do mar, e o mar só me faz lembrar de sujeira, de gente urinando. Suas roupas eram fora de moda, sempre odiei aquela camiseta amassada e aquele all star sujo. Sua família era uma chatice, principalmente sua irmã mais nova que só de me ver vinha gritando para eu arrumar o cabelo dela. Eu o odiava por inteiro, seu perfume que me enjoava ficava andando pelo ar de nossa casa, era forte demais. Aqueles olhos sempre me assustavam a noite, parecia um gato me vigiando. Nem contando com sua a voz, sem dúvidas ele não cantava e nem falava bem. Eu sempre o odiei dos pés a cabeça, do avesso também. Mas eu daria tudo para acordar novamente com aqueles olhos me observando, com aquele sorriso torto, de vê-lo se arrumar para irmos no restaurante, ele se enxia daquele perfume tão enjoante. O all star sujo dele era o pior, sempre sujo mas ele tratava com tanto carinho. Eu sem dúvidas sempre o odiei, sempre odiei ama-lo. Apesar de odiar o perfume que ele usava, era seu perfume, o perfume que destacava no meio de um milhão de pessoas. Sua voz tão irritante era a melhor quando ele dizia “Boa noite”; lembro da sua voz dizendo para a gente esquecer os encontros com os amigos e que poderíamos ficar em casa, só abraçados. Ele sem dúvidas era o cara mais chato que eu amava.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

11/09 - Um da de chuva.

Quem é que se importa com o frio que está lá fora, com a chuva que está acontecendo lá quando se tem uma tempestade dentro de si? Assim como se pode prever o tempo nas cidades para nos prepararmos usando roupas de inverno ou verão, deveria dar para prever do tempo dentro de nós. Particularmente, eu aguentaria alguns dias nua em uma cidade no sul com neve, tempestade e chuva; mas mal suporto um dia com um aperto no peito, com frieza escorrendo no sangue; e falando metaforicamente com o mundo desabando sobre mim e a tempestade de problemas me atingindo.
[*] Já paraste para pensar que aguentamos invernos e verões diversos anos e reclamamos e mesmo assim sobrevivemos? Está certo que nem sempre, existem moradores de ruas que não sobrevivem. Mas enfim, já reparaste? Que quando acontece dentro de nós, essa mudança de clima; sol e chuva; tempestade de tristeza e de alegria, simplesmente desabamos? Confesso que já estou a mais de alguns dias, mais de algumas semanas vivendo com a frieza escorrendo sobre meu sangue e com a tempestade dentro do meu corpo; mas não vejo a hora de me livrar desse sentimento. O pior é que nem duas cobertas jogadas sobre a cama me faz livrar desse frio. Nesse momento a chuva está lá fora e aqui dentro. Mas o que mais me abala é a que está aqui dentro.
[*] Sinto vontade de ir lentamente pela sala, abri a porta e fecha-la, ficar sentada na varanda de minha casa agachada enquanto a chuva escorre sobre meu corpo e eu sinto aquele gelo todo escorrer. De pensar e ver que junto com as gotas da chuva não se vai a tristeza e nem os pensamentos. Mas melancolicamente, aquilo me ajudaria; eu conseguiria pensar de uma maneira mais leve e suave e provavelmente me daria um belo resfriado me impedindo de ir a aula no dia seguinte onde encontro pessoas tolas.
[*] Acho pessoas tolas, até aquelas que admiro. E como sou pessoa, eu também me acho tola.
[*] O engraçado é que eu não sinto vontade de querer sentar em algum lugar ou deitar na cama que estou e sentir a frieza escorrer sobre mim, as gotas de água escorrerem pelos meus pensamentos e coração. A vontade de pegar uma chuva e o resfriado só vem da tempestade de lá fora; a daqui de dentro só quero me livrar.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Mas se quiser pegar, pegue - só não o mate.

Sem texto;
sem verso; sem poema
e nem amoresia.
Hoje vim aqui sem rimas prontas;
e nem rimas improvidas.
Não mando bem em rimas;
e muito menos no improviso.
Venho aqui pra atualizar-te do que tanto ando escondendo. 
Venho aqui atualizar-te do amor que guardo;
guardo dentro do peito
pra você.
Não quero que pegue pra ti;
mas quero que alimente dentro de mim.